quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

O CARA É BARRAQUEIRO!

Num destes dias quentes de verão, quando entrou no templo um cara muito esquisito, transpirando pelo sol de meio dia, foi em direção a livraria evangélica chutando, quebrando os vidros, derrubando os livros nas pratileiras, depois foi para o outro lado onde esta a lanchonete derrubou as mesas com as cadeiras, depois começou a gritar O QUE ESTÃO FAZENDO COM A IGREJA?  Chamaram a polícia e levaram ele para uma delegacia... Ufa... Ainda bem que ninguém se machucou.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

A HISTORICIDADE DO PENTECOSTALISMO BRASILEIRO

Historicidade do pentecostalismo Brasileiro


Realmente, o movimento pentecostal marcou o século 20. No Brasil, a Assembléia de Deus chegou a somar quase a metade de todos os protestantes. A capilaridade do movimento é fenomenal. Eu já preguei em catedrais e em garagens transformadas em templo. Entre 1976 e 1982, como evangelista associado de uma missão, visitei todo tipo de congregações pelo Brasil. Espantei-me com a autonomia dos pentecostais, que nunca esperavam por determinações dos líderes para se expandir.

De onde vem essa enormidade numérica? As respostas variam. Os próprios pentecostais são categóricos: o Espírito Santo age em suas igrejas. Outros atrelam o avanço do movimento ao êxodo do campo. O teólogo Harvey Cox percorreu o mundo em busca de respostas. Concluiu que o sucesso do pentecostalismo se deve à sua capacidade de preencher o vazio de uma geração e alcançar “além dos limites do credo e da cerimônia para chegar ao âmago da religiosidade humana”.¹

Acredito que o fenômeno das línguas estranhas explique alguma coisa. A princípio criticado por tirar as pessoas do pleno controle de suas faculdades, o falar em línguas estranhas (glossolalia) serviu para atrair milhões. A experiência de falar em uma língua desconhecida vem de John Wesley, que ensinou que a santificação dos crentes acontece em uma segunda experiência. Assim, quando os cultos da rua Azuza, em Los Angeles, se tornaram notórios, essa segunda experiência não se restringiu à santificação; o êxtase veio acompanhado de línguas para capacitar na tarefa de evangelizar o mundo. Os crentes poderiam evangelizar as nações, sem precisar aprender idiomas; Deus habilitaria o missionário para pregar e ser compreendido. Os dois capítulos iniciais de Atos foram invocados como base. Assim, os pentecostais, desavergonhados, assumiram o falar palavras ininteligíveis como marca distintiva do movimento.

O pentecostalismo nasceu, portanto, da euforia missionária do início do século 20, que esperava o arrebatamento da igreja. Era necessário “apressar” a volta de Cristo evangelizando os confins da terra. Assim, enquanto as escolas tradicionais gastavam anos no preparo de evangelistas, o forno aquecido da reunião de oração pentecostal despachava milhares de pregadores leigos. Voluntários certos da capacitação extraordinária que receberam estavam dispostos a se embrenharem nos lugares esquecidos do planeta.

Enquanto fundamentalistas ressaltavam a necessidade de conhecer os idiomas originais da Bíblia para uma interpretação acurada, homens e mulheres semi-analfabetos afirmavam ter adquirido capacitação espiritual de não apenas entender as Escrituras, como também de proclamá-la além-mar.

Depois, os próprios pentecostais perceberam que a glossolalia não ajudava na comunicação do evangelho. Porém, para não abandonar a ideia de que o falar em línguas era um dom de poder, passaram a ensinar que o dom sinalizava o poder que reveste os crentes para serem mais eficazes em suas ações. Mais tarde, com o movimento de renovação entre protestantes tradicionais e católicos, línguas estranhas ganharam outro significado: comunicação íntima com Deus para a edificação do crente.

À medida que a doutrina se sofisticou, passou-se a considerar dois tipos de língua estranha: como sinal inicial do batismo no Espírito Santo e como variedade de línguas, para enriquecer a vida devocional.

Fui batizado no Espírito Santo em uma reunião de oração na Assembleia de Deus de Fortaleza, em 1974. Falei em línguas em um êxtase que jamais esqueci. Dali, senti-me impulsionado a pregar. Como os primeiros negros americanos, parti para fazer missões, certo que Deus me revestira de seu poder.

Infelizmente, observo que o dom de línguas perdeu valor e sentido entre os pentecostais.

Vale a crítica de que no pentecostalismo alguns se consideram privilegiados e menosprezam os que não falam em línguas, considerando-os menos especiais. Também, o movimento exagerou na individualidade do dom de línguas, que já não mobiliza para missões como em tempos passados. Evangelistas gostam de entrecortar suas pregações com glossolalia para se exibirem como ungidos. Atualmente, neopentecostais dão curso para ensinar línguas estranhas, com técnica e tudo mais.

O pentecostalismo clássico no Brasil (Assembléia de Deus, Congregação Cristã, O Brasil para Cristo e Igreja do Evangelho Quadrangular) perdeu embalo. Engessado pelo legalismo e desarticulado por politicagem interna, cedeu espaço a igrejas neo pentecostais midiáticas que usam a teologia da prosperidade como carro-chefe.

Lamentável. No século 20, nenhuma expressão do cristianismo foi mais competente que o pentecostalismo em resgatar a doutrina da Imago Dei entre os pobres. E não há perspectiva de nada novo em médio prazo

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

MANUAL DO DISCÍPULO

A Igreja local tem por ministério receber todo tipo de pessoas, sejam elas doentes fisicamentes ou emocionalmente, mas devevão serem curadas e tratadas, transformando-as em “Oliveiras” frondosas e frutíferas. Quem vai fazer este trabalho será?

voce

A Igreja é o Corpo de Cristo, e não uma comunidade social para “carregar” os problemáticos, ou satisfazer as necessidades pessoais de interesseiros.



A maior parte das pessoas que estão vindos aos cultos, vem por uma necessidade, são vidas destruidas por abandono, abusos na infância, regeição paterna e materna, buscam desesperadamente serem reconhecidas na sociedade como indivíduos representaticos.

Pensando nisto foi que Jesus nos ordenou que fosse-mos aos perdidos e pecadores, não cobrá-los mais ajudá-los a receber e frutificar no reino.

Durante anos a igreja foi apenas uma porta de entrada pequena com uma porteira aberta nos fundos, não existia consolidação nem tão pouco comunhão era cada um por si e salve-se quem puder. Mas Deus pelo seu infinito amor levantou e está lavantando homens e munheres como voce compromissados com seu reino etravés da igreja para fechar a porteira e arrebanhar as ovelhas perdidas para o grande pastor Jesus.



FUNDAMENTOS BÍBLICOS



DEVERES E QUALIDADES DOS LÍDERES



TITO1: 5-Por esta causa, te deixei em Creta, para que pusesses em ordem as coisas restantes, bem como, em cada cidade, constituísses presbíteros, conforme te prescrevi:

6-alguém que seja irrepreensível, marido de uma só mulher, que tenha filhos crentes que não são acusados de dissolução, nem são insubordinados.

7-Porque é indispensável que o bispo seja irrepreensível como despenseiro de Deus, não arrogante, não irascível, não dado ao vinho, nem violento, nem cobiçoso de torpe ganância;

8-antes, hospitaleiro, amigo do bem, sóbrio, justo, piedoso, que tenha domínio de si,

9-apegado à palavra fiel, que é segundo a doutrina, de modo que tenha poder tanto para exortar pelo reto ensino como para convencer os que o contradizem.





O LÍDER TAMBÉM É OVELHA



HEBREUS13



17Obedecei aos vossos pastores e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma, como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo; porque isto não aproveita a vós outros.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

A MORTE DO PECADO

Aquele que não teve pecado, Deus o fez pecado por nós...
Comparável a essa frase em seu conteúdo esmagador somente uma outra:
Ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar...
Ambas referem-se ao Cordeiro de Deus, a Jesus, o Senhor.
O que me choca é que está tudo feito e acabado, menos para quem diz “crer”. Os que “crêem” não sabem que ainda não crêem, ou não sabem no que crêem. Pois se o soubessem, saberiam que a Lei morreu em Cristo; que a força do pecado é a Lei, mas que com sua morte, ela, a Lei, já não tem poder sobre nós. Ora, essa morte da Lei matou a força do pecado, pois onde não há Lei, também não há transgressão. Assim, o que Jesus Pagou por nós, está Pago para sempre. Mas quem crê?
Então você pergunta: Se é assim, como então nós ainda pecamos?
Ora, o pecado que eu peco é fruto de minha queda, mas já não carrega em si mesmo o poder de me matar, tanto quanto já não carrega mais o poder de me fazer “compulsivo”, pelo simples fato de que em minha consciência ele já não se faz acompanhar da condenação da morte.
É o medo da morte e a certeza da condenação o poder que gera toda compulsão!
O pecado faz mal ao meu ser, mas já não tem o poder de daná-lo, se se está confiante no poder e na consumação do que Jesus já fez por nós. Afinal, o pecado só existe em mim, mas já não existe como algo que pende como espada da morte sobre minha cabeça. Eu estou em Cristo!
Já não há mais nenhuma condenação para os que estão em Cristo Jesus!
Agora eu ouço:
Filhinhos meus, não pequeis; se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai; Jesus Cristo, o Justo; Ele é a propiciação pelos nossos pecados; e não somente pelos nossos próprios, mas inda pelos do mundo inteiro!
O Deus que se fez carne também se fez pecado por nós!
E certamente Ele não fez isto para que continuasse tudo igual. Tem que haver um fato-fator-real que decorra dessa ação. O fato real é um só: o pecado existe na vida de cada um de nós, mas já não existe como condenação. O fato do pecado em mim é inegável. Todavia, é também inegável que ele já não tem poder sobre mim.
Como? Não tem poder? Como?
Ele existe como produção de minha carne (corpo-totalidade-do-ser), pois faz parte de minha constituição caída. Hoje ele pertence à dimensão de minha animalidade não elevada em consciência, pois ainda está presa à minha condição de “egoísta-essencial”. No entanto, o pecado virou gripe: amolece, mas já não me mata.
Então, eu constato o pecado em mim. Grito: “Desventurado sou!”. Mas meu grito já não ecoa para a eternidade, não ecoa nem mesmo no tempo, exceto em mim, que me entristeço comigo mesmo. Entretanto, ele já não passa daí. Pois a Lei do Espírito e da Vida em Cristo, me libertou da Lei do pecado e da morte!
Agora, se creio no que “está feito”, vivo pelo que Ele fez por mim, não em razão do que eu, mesmo crendo, ainda faço contra mim.
Aquele que não teve pecado Deus o fez pecado por nós, para que nós que pecamos já não sejamos pecado, mas sem pecado Nele, que nunca tendo pecado, foi feito pecado em meu lugar.
A lógica é uma só: quem nunca foi...foi feito...para que quem é...possa já não ser, mesmo que ainda seja...pois mesmo sendo, só o é para si mesmo...mas não mais para Aquele que por nós se fez aquilo que Ele mesmo não era...para que nós que somos...já não o sejamos como quem em sendo morre do é.
Quem eu sou já não me mata!
Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo!
Com efeito Deus condenou na carne o pecado!
Com efeito a condenação do pecado aconteceu na Cruz!
Com efeito, quem crê já está liberto; ainda que pratique a sua própria liberdade tomando consciência de que quem ele é, o é em Cristo; não em si-mesmo.
Com o pecado morto, e com a Lei sepultada, o que sai da morte e da sepultura não é mais o que me mata, mas o que me salva.
Cristo morreu pelas nossas transgressões e ressuscitou para a nossa justificação!
Eu sei, no entanto, que é muito difícil crer na pregação. Isaías ainda pergunta: Quem creu na pregação?
Ora, pouca gente crê!
Quem dera essas multidões que confessam a Jesus como Senhor soubessem e cressem também; e quem dera que sobretudo cressem no que “os penosos trabalhos de sua alma” realizaram por todos nós!
A promessa divina era que o Salvador veria os resultados dos “penosos trabalhos de sua alma e ficaria satisfeito; pois que como o Seu ‘conhecimento’ Ele justificaria a muitos”.
Há um conhecimento a ser apreendido!
Somos salvos pela fé. Mas há um “saber em fé” que é o “conhecimento” da justificação já realizada.
É esse “conhecimento em fé” é aquilo que nos mergulha no descanso que declara: “o castigo que nos trás a paz estava sobre Ele, e pelas suas pisaduras nós fomos sarados”.
Para mim já está pago!
Não aceito nem mesmo os débitos que minha carne me apresenta para que eu os pague. Olho, constato, e declaro: “Todo escrito de dívidas foi encravado na Cruz”.
Eu não creio em mim, mas Deus sabe que eu creio na pregação!
Nele, que Resolveu para sempre

quarta-feira, 2 de junho de 2010

A luta de Jesus pela independência: a sua Por Paulo Brabo

Com lamentável freqüência as palavras de Jesus são usadas pelos cristãos não como meios para a obtenção dessa vontade livre e independente, mas como regulamentos de autoridade inquestionável porque procedem da boca de Jesus. Essa aplicação das suas palavras, no entanto, representa uma efetiva insubordinação a elas.
Não podemos deixar de lado o fato de que Jesus esforçou-se para conduzir os que uniram-se a ele a uma postura que ia além desse tipo de obediência indolente. Compreender corretamente esse aspecto da sua obra é ver a consciência moral do ser humano encontrando nEle sua consumação final; e, se formos incapazes de enxergar isso, não poderemos experimentar a Pessoa de Jesus ou, em qualquer sentido real, o poder da redenção.
É adquirir independência no homem interior – ou seja, verdadeira vida.
Só conseguiremos apreender essa realidade quando as palavras de Jesus nos revelarem o espírito que nos capacita a adquirir independência no homem interior – ou seja, verdadeira vida. A não ser que encontremos em Jesus este caminho para a disciplina e a liberdade interiores, permanecerá para nós impossível experimentar sua Pessoa na qualidade de caminho que conduz ao Pai. Sem completa reverência é impossível que haja completa confiança; porém o acesso a Deus que é nosso através de Jesus consiste numa absoluta confiança na pessoa dele, confiança que representa a libertação dos horrores do isolamento espiritual. A não ser que tenhamos experimentado isso podemos, na verdade, prosseguir falando sobre o drama da redenção como algo realizado eras atrás, mas não teremos qualquer direito de dizer que ele é o Redentor cujo poder experimentamos agora.
Wilhelm Herrmann

em seu prefácio a Ensaios sobre o Evangelho Social, 1907