quarta-feira, 2 de junho de 2010

A luta de Jesus pela independência: a sua Por Paulo Brabo

Com lamentável freqüência as palavras de Jesus são usadas pelos cristãos não como meios para a obtenção dessa vontade livre e independente, mas como regulamentos de autoridade inquestionável porque procedem da boca de Jesus. Essa aplicação das suas palavras, no entanto, representa uma efetiva insubordinação a elas.
Não podemos deixar de lado o fato de que Jesus esforçou-se para conduzir os que uniram-se a ele a uma postura que ia além desse tipo de obediência indolente. Compreender corretamente esse aspecto da sua obra é ver a consciência moral do ser humano encontrando nEle sua consumação final; e, se formos incapazes de enxergar isso, não poderemos experimentar a Pessoa de Jesus ou, em qualquer sentido real, o poder da redenção.
É adquirir independência no homem interior – ou seja, verdadeira vida.
Só conseguiremos apreender essa realidade quando as palavras de Jesus nos revelarem o espírito que nos capacita a adquirir independência no homem interior – ou seja, verdadeira vida. A não ser que encontremos em Jesus este caminho para a disciplina e a liberdade interiores, permanecerá para nós impossível experimentar sua Pessoa na qualidade de caminho que conduz ao Pai. Sem completa reverência é impossível que haja completa confiança; porém o acesso a Deus que é nosso através de Jesus consiste numa absoluta confiança na pessoa dele, confiança que representa a libertação dos horrores do isolamento espiritual. A não ser que tenhamos experimentado isso podemos, na verdade, prosseguir falando sobre o drama da redenção como algo realizado eras atrás, mas não teremos qualquer direito de dizer que ele é o Redentor cujo poder experimentamos agora.
Wilhelm Herrmann

em seu prefácio a Ensaios sobre o Evangelho Social, 1907

terça-feira, 1 de junho de 2010

UNITOLEDO

PALESTRANTE:
MELQUISEDEQUE CHAGAS TEMA: GESTÃO DE COMPETÊNCIA

segunda-feira, 31 de maio de 2010

A revolução da igreja

A fim de resgatar a Igreja como polis (cidade) será necessário resgatar a Igreja como comunidade disciplinada. Este porém tem sido o aspecto da Igreja mais atacado pelo neoliberalismo, pois a igreja local tem se integrado por completo ao mercado de consumo; ao invés de frequentar uma igreja que disciplina nosso desejo e imaginação, é mais provável que frequentemos uma igreja que dá livres rédeas ao desejo que já possuímos. Isso quer dizer que será necessário aprender a nos relacionarmos com a Igreja como comunidade que nos provê das disciplinas de que carecemos a fim de viver o cristianismo. Como afirma Hauerwas: “Não quero ser ‘aceito’ ou ‘compreendido’. Quero fazer parte de uma comunidade com os hábitos e práticas que me levem a fazer aquilo que de outra forma eu não faria, para aprender a gostar de fazer aquilo que fui forçado a fazer”. Em particular, a igreja deve praticar disciplinas que se contraponham às disciplinas impostas pelo neoliberalismo, a fim de liberar o corpo da repressão imposta pela alma. Isso implica em incitar uma revolução – que nos arrenque da alma para o espírito.