segunda-feira, 31 de maio de 2010

A revolução da igreja

A fim de resgatar a Igreja como polis (cidade) será necessário resgatar a Igreja como comunidade disciplinada. Este porém tem sido o aspecto da Igreja mais atacado pelo neoliberalismo, pois a igreja local tem se integrado por completo ao mercado de consumo; ao invés de frequentar uma igreja que disciplina nosso desejo e imaginação, é mais provável que frequentemos uma igreja que dá livres rédeas ao desejo que já possuímos. Isso quer dizer que será necessário aprender a nos relacionarmos com a Igreja como comunidade que nos provê das disciplinas de que carecemos a fim de viver o cristianismo. Como afirma Hauerwas: “Não quero ser ‘aceito’ ou ‘compreendido’. Quero fazer parte de uma comunidade com os hábitos e práticas que me levem a fazer aquilo que de outra forma eu não faria, para aprender a gostar de fazer aquilo que fui forçado a fazer”. Em particular, a igreja deve praticar disciplinas que se contraponham às disciplinas impostas pelo neoliberalismo, a fim de liberar o corpo da repressão imposta pela alma. Isso implica em incitar uma revolução – que nos arrenque da alma para o espírito.

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